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JAPÃO, AMOR PRA VIDA TODA!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tirei esse texto da Revista O Globo de junho desse ano, mudando apenas alguns detalhes diz exatamente o que eu gostaria de dizer.
A educação dos japoneses você não encontra em nenhum outro lugar do mundo, assim como a paciência a boa vontade em ajudar e muitas outras coisas...
Agora sinto falta de entrar numa loja e não escutar um "seja bem vindo".
Na hora que o shopping está fechando, todas as vendedoras ficam perto da escada rolante agradecendo a todos que passam ( lá as lojas dos shoppings não tem paredes e nem um tipo de divisória, é como se fosse uma loja só) , quando me lembro dessa cena, chego ficar arrepiada, elas se curvando e agradecendo, e sempre com um sorriso no rosto...


Vamos ao texto da Martha Medeiros


Quando comentei com amigos que iria ao Japão, alguns duvidaram da minha sanidade, mas fui e voltei ilesa. Os tremores de solo foram poucos e a radiação não atormentou meu sono. Não sou de me impressionar facilmente, ainda que o Japão o tenha conseguido, mas por outros motivos. 

Ninguém fala inglês, nem mesmo a meia dúzia que acredita que fala. Então, o jeito é levar uma dose extra de bom humor e alguma noção de mímica. E, se possível, levar também uma filha que arranhe o idioma japonês. Julia foi minha tradutora, intérprete, guia e mentora espiritual. Sem ela, eu não teria saído até hoje da estação de metrô Shinjuku, a mais movimentada do mundo, onde circulam cerca de 2 milhões de pessoas por dia. 

Tudo é mega em Tóquio, e isso incluiu a disciplina, o respeito e a eficiência. Ninguém atravessa a rua fora da faixa de pedestre e todos aguardam o sinal abrir mesmo que Buda em pessoa venha dizer que nenhum carro surgirá em menos de meia hora. Não importa: espera-se. Tóquio, a capital mais eletrizante do planeta, calmamente aguarda a sua vez. 

Há filas para tudo. Quase entrei em uma para ver um panda gigante no maior parque da cidade, mas preferi dedicar meu olhar aos magníficos templos que servem como oásis em meio ao futurismo da cidade. Vi prédios que desafiam a arquitetura convencional e constatei que mega é também a gentileza das pessoas. É o que há de maior em Tóquio: a educação. 

O fato de eles entregarem o troco, devolverem seu cartão de crédito ou alcançarem qualquer coisa sempre com as duas mãos é de uma cordialidade comovente. Repare bem: usar as duas mãos é uma reverência, não uma banalidade. Um pequeno hábito que conceitua a mentalidade de uma nação. 

Com mais de 30 milhões de habitantes, Tóquio é uma metrópole silenciosa, onde a pressa convive harmoniosamente com a paciência. Não ser um povo fominha é o que os torna tão avançados. 

Claro que tudo que é muito contido fica devendo em vibração: minha filha foi a três shows de rock e estranhou a plateia ser também tão disciplinada. As pessoas ficam em pé na pista sem tocarem uma nas outras, respeitando uma distância protocolar, e as reações de entusiasmo são praticamente cronometradas pela banda, não se dá um único u-hu fora de hora. Japas não são barulhentos nem quando deveriam. 

Até pensei em ir com ela, mas preferi dedicar meu tempo aos pagodes. 

Foi uma viagem transcendental. Voltei devota de tudo o que eu temia não existir mais: o sorriso fácil, a consciência de que o coletivo só funciona quando cada um faz sua parte e a delicadeza como forma permanente de tratamento. 



O Japão está distante de nós não só por questões geográficas e de fuso. 
Está bem mais do que 12 horas a nossa frente. Está anos-luz à frente. 







8 comentários:

Gabriel Batata disse...

Que lindo texto!!

Isso me deu mais vontades de chegar 2013 logo!! Espero que no final de 2013 eu esteja indo para o querido Nihon! *o*

Beijos

Dani ;) disse...

Concordo e assino embaixo!!
Os pequenos gestos de educação tão comuns pra eles e tão espantoso pra nós já nos faz ver a tamanha diferença de cultura, tradição e educação do povo japones.
Gestos tão comuns, mas q na falta deles é considerado até um desrespeito, ne?

Os politicos daqui morrem de vergonha qdo se envolvem em corrupção, q eles mesmos pedem renuncia.
Ao contrário dos políticos vagals no Brasil.....

São tantas coisas q a gente, qdo retorna ao Brasil, acaba se espantando com tamanha falta de educação e honestidade do brasileiro. Não são todos, mas sim, é uma característica bem marcante.....

Adorei o texto, bem a calhar ne Ge?

Bju no core!
Dani do Estação Beauty4you

Diana disse...

O povo japonês pensa no coletivo e por pensar assim, eles tratam uns aos outros como gostariam de serem tratados para não abalar a harmonia da comunidade. Já o povo brasileiro é egoísta, pensa mais em si do que nos outros...
Pelo menos é o que eu acho e vejo!

Bjs
Diana

Gell disse...

menina concordo com os demais o que citaram acima. Nossa !mas achei que eu fosse apaixonada pelo Japão, mas depois que conheci vce acho que não sou... rsss Amo tudo lá amoo demais e o povo de lá etc. bjus

Anônimo disse...

Georgia,ai vai uma manchete/noticia para deixa-la desesperada:"Ministério do Turismo do Japão convida 10 mil estrangeiros para viajarem ao país de graça".

Yumi disse...

é tomodachi, qta diferença né....]

tem atitudes por aqui q me envergonham... uma das mais simples - não agradecer"

reparem como eles são sempre arigatai... agradecem a tudo e todos....

bjs!

Anônimo disse...

Pura verdade esse texto! =)
Agora corre para o site do Japan Tourism Agency: http://www.mlit.go.jp/kankocho/en/index.html
=******
Akiko

Ana disse...

Foda.E para eles isso eh tão simples..e é na verdade...poxa,esse lance de educação em lojas por exemplo..me tira do serio!
Pq n podemos ser mais gentis? a respeitar o espaço alheio??? adoro aquela máxima que "sua liberdade acaba onde começa a do outro"...
Ainda temos mt que aprender sim..uma pena.. :-(

Beijos e otimo fds..viajei com vc aqui nesse post!!!